No relatório de novembro de 2025 do fundo imobiliário XP Malls (XPML11), o principal destaque é a conclusão da maior alienação de ativos da história do fundo, uma transação com a Riza Real Estate. O fundo vendeu sua participação em nove shoppings por um valor total de R$ 1,65 bilhão. O pagamento será feito em parcelas, sendo a maior delas, de R$ 1,03 bilhão, recebida à vista. Segundo a gestora, essa operação tem como objetivo gerar liquidez para o fundo honrar compromissos de curto prazo, otimizar a estrutura de capital e aprimorar a qualidade do portfólio, uma vez que os ativos vendidos possuíam indicadores operacionais inferiores à média do XPML11.
Essa venda gerou um ganho de capital estimado pela gestora em R$ 4,75 por cota. A estrutura do fundo, que utiliza veículos como o Neomall FII, permite que este resultado seja distribuído de forma gradual ao longo do tempo, em vez de um pagamento único, o que ajuda na previsibilidade dos rendimentos. Como parte da transação, o XP Malls investiu R$ 191 milhões em uma cota subordinada do fundo comprador, mantendo uma exposição econômica residual aos ativos vendidos.
Outra novidade importante no relatório é a divulgação de um guidance de distribuição de rendimentos para o próximo semestre. Pela primeira vez, a gestora apresenta um gráfico com uma faixa estimada (limite inferior e superior) para os dividendos mensais até junho de 2026, buscando oferecer maior previsibilidade aos cotistas. A distribuição referente ao mês de outubro foi de R$ 0,92 por cota, valor que se mantém estável há mais de um ano.
Observa-se um aumento significativo no resultado acumulado não distribuído, que passou de R$ 0,24 por cota no relatório anterior para R$ 0,53 por cota neste mês. Esse aumento, somado ao ganho de capital da venda para a Riza, reforça a capacidade do fundo de manter a estabilidade na distribuição de rendimentos futuros. Em termos operacionais, os indicadores de outubro de 2025 mostraram crescimento em relação ao mesmo mês de 2024, com as vendas por metro quadrado subindo 7,5% e o NOI Caixa por metro quadrado aumentando 8,7%. A inadimplência líquida apresentou uma alta no mês, passando de 1,3% em setembro para 2,2% em outubro, enquanto a vacância permaneceu estável em 4,2%.