A análise do relatório de outubro de 2025 do fundo imobiliário TG Ativo Real (TGAR11) aponta para a manutenção da distribuição de rendimentos em R$ 1,00 por cota, valor estável em relação ao mês anterior. O dividend yield acumulado em 12 meses teve um leve aumento, passando de 14,92% para 14,97%.
A principal novidade do mês foi um movimento significativo de reciclagem de portfólio. O fundo concluiu a venda do ativo de renda Garavelo Center, localizado em Goiânia-GO, por R$ 5,00 milhões, o que gerou um lucro em caixa de R$ 800 mil. Esta venda explica a saída do único ativo classificado como "Imóvel para Renda" da carteira. Adicionalmente, a gestão realizou uma forte movimentação na carteira de crédito, com a venda de nove operações de CRI totalizando R$ 73,76 milhões e a aquisição de seis operações no valor de R$ 9,18 milhões. Essa venda líquida resultou em uma redução drástica na exposição a esta classe de ativos, que passou de 8,27% para 4,02% do patrimônio líquido do fundo em apenas um mês.
Como consequência dessas vendas, o número total de ativos do fundo diminuiu de 189 para 181. O resultado dessas transações contribuiu para um aumento no resultado de caixa, que passou de R$ 0,95 por cota em setembro para R$ 1,07 por cota em outubro. A reserva de lucros acumulada também cresceu, subindo de R$ 0,11 para R$ 0,18 por cota, oferecendo uma maior segurança para distribuições futuras. A gestora manteve a projeção de rendimentos para o semestre entre R$ 0,90 e R$ 1,10 por cota.
No que diz respeito às vendas dos projetos de desenvolvimento, o segmento de Urbanismo registrou uma queda, com um VGV vendido de R$ 24,39 milhões em outubro, contra R$ 46,33 milhões em setembro. Em contraste, o segmento de Incorporação mostrou uma melhora, com vendas de R$ 18,40 milhões, superando os R$ 14,24 milhões do mês anterior. As vendas de multipropriedade mantiveram-se estáveis.
A cota patrimonial apresentou uma leve queda, fechando o mês em R$ 108,35, comparada a R$ 108,84 em setembro. O número de cotistas também continuou sua tendência de leve redução, passando de 152.622 para 151.603. Os níveis de inadimplência da carteira de equity permaneceram em patamares controlados e com pouca variação, com a inadimplência de urbanismo atingindo 5,07% e a de incorporação registrando 4,91%.