A análise do relatório de outubro de 2025 do fundo Tellus Properties FII (TEPP11) aponta como principal novidade a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) com quatro pautas relevantes. A mais significativa é a proposta de aquisição do Edifício Top Center, na Avenida Paulista, por R$ 167,4 milhões, envolvendo uma estrutura de pagamento complexa com parcelas em cotas e em dinheiro. As outras pautas da AGE incluem um desdobramento das cotas na proporção de 1 para 10, uma atualização no regulamento sobre direito de preferência, e a realização de uma 4ª emissão de cotas de até R$ 130 milhões para financiar o crescimento do fundo.
Em relação ao desempenho operacional, o fundo manteve sua distribuição de rendimentos estável em R$ 0,74 por cota, o mesmo valor do mês anterior. O TEPP11 completou 25 meses consecutivos com 100% de ocupação física, um marco importante. A vacância financeira apresentou uma leve melhora, caindo de 1,55% em setembro para 1,35% em outubro. As projeções de dividendos futuros permaneceram consistentes com as do relatório anterior, indicando estabilidade nos próximos meses.
Nos ativos do portfólio, houve avanços importantes. No Edifício GPA, o inquilino concluiu os reparos estruturais previstos em contrato, mas a gestão identificou a necessidade de intervenções complementares, com um novo cronograma a ser definido. No Edifício Fujitsu, as obras de modernização estão em fase final, com conclusão prevista para novembro. Já no Edifício Torre Sul, destaca-se o estudo para implantação de uma usina de compostagem, uma nova iniciativa com foco em sustentabilidade, e o avanço para a etapa final da aprovação do heliponto.
Financeiramente, a gestão atualizou sua projeção de capacidade de pagamento das obrigações, estendendo o prazo de suficiência de caixa de abril para maio de 2027 sem a necessidade de novas emissões. A demonstração de resultados do mês mostrou a normalização das despesas financeiras, que haviam sido impactadas por um registro duplicado no mês anterior, conforme explicado no relatório de setembro. A cota de mercado encerrou outubro em R$ 80,73, uma queda em relação aos R$ 83,67 de setembro, levando o indicador P/VP de 0,85 para 0,82.