A análise do relatório de novembro de 2025 do fundo Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) destaca principalmente a resolução de uma pendência antiga com a Caixa Econômica Federal (CEF) e a continuidade da estratégia de reciclagem de portfólio. A gestora anunciou o distrato para a devolução de três agências bancárias que não puderam ter sua documentação regularizada. Esta operação gerou um lucro de 17,7 milhões de reais para o fundo, equivalente a 0,113 real por cota. O valor total a ser recebido é de 31,7 milhões, sendo que 19 milhões já entraram no caixa e o restante será pago em janeiro de 2026. A gestora ressaltou que este lucro extraordinário já estava previsto e, portanto, não altera a projeção de distribuição de 0,09 real por cota para o semestre.
Em novembro, o resultado do fundo foi de 0,077 real por cota, enquanto a distribuição se manteve em 0,09 real, utilizando resultados acumulados para linearizar os rendimentos, conforme comunicado pela gestora. Outro ponto relevante foi a renovação do contrato de locação com a CEF para o imóvel Paes Leme, em São Paulo, por mais cinco anos, estendendo o vencimento para setembro de 2030. Houve também um impacto negativo de aproximadamente 1,7 milhão de reais no resultado financeiro, referente à atualização monetária do pagamento de uma parcela da aquisição de imóveis locados à Pernambucanas, mas sem afetar a distribuição de rendimentos.
Comparando com o mês anterior, o número de imóveis do fundo diminuiu de 78 para 77 devido à devolução das agências à CEF. A área bruta locável (ABL) total reduziu ligeiramente de 297.772 m² para 296.384 m², e a vacância física teve um leve aumento de 6,4% para 6,7%. O número de inquilinos, por outro lado, subiu de 19 para 20, refletindo as novas locações reportadas no relatório de outubro. A exposição ao setor bancário, que era de 25,3% do ativo em outubro, caiu para 25,0% em novembro, e a gestora menciona que a exposição caiu para 24% do ativo investido após o distrato, reforçando a estratégia de diversificação.
A obra do imóvel no formato Built-to-Suit (BTS) para a Portobello continua em fase final, atingindo 99,5% de conclusão, um avanço em relação aos 97,9% do mês anterior. A gestora reforça que a entrega ocorrerá neste semestre, com a loja prevista para inaugurar no primeiro semestre de 2026, firmando um contrato atípico de 20 anos que representa uma futura fonte de receita relevante para o fundo.