Na análise do relatório de julho de 2025 do fundo Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11), a gestão destacou a venda do imóvel São Matheus (locado à Caixa Econômica Federal) por R$ 5,5 milhões, uma operação que gerou um lucro de R$ 0,004 por cota. O valor da venda foi 14,2% superior ao custo de aquisição e 23,6% acima do último laudo de avaliação, reforçando a estratégia de reciclagem de portfólio.
Em relação ao projeto BTS (construção sob medida) para a Portobello, a entrega do imóvel, antes prevista para julho, foi ajustada para o final de setembro devido a alterações no acabamento solicitadas pela locatária. A gestora ressalta que essa mudança não impacta a rentabilidade contratada nem gera custos adicionais para o fundo. O avanço da obra atingiu 64,4% em meados de julho.
Para reforçar o caixa visando o pagamento de uma parcela de R$ 25 milhões da aquisição dos imóveis Pernambucanas em outubro, a gestão detalhou sua estratégia. O fundo realizou a venda de R$ 11 milhões em cotas do FII CPSH11, o que gerou um prejuízo de R$ 1,3 milhão, mas que deve ser compensado por uma parcela de R$ 2 milhões de uma multa rescisória do Santander. A posição em caixa era de R$ 14 milhões e o fundo ainda receberá parcelas das vendas dos imóveis Haddock Lobo e São Matheus.
O resultado do fundo em julho foi de R$ 0,081 por cota, inferior à distribuição de R$ 0,09 por cota, que foi mantida para linearizar os rendimentos ao longo do semestre. A queda no resultado mensal, em comparação com os R$ 0,098 de junho, foi influenciada principalmente por uma receita financeira negativa, impactada pela venda das cotas do FII com prejuízo. No balanço, o item "Valores a receber" teve um aumento expressivo, passando de R$ 52,8 milhões em maio para R$ 137,4 milhões em junho, refletindo os recebíveis das vendas de ativos. A vacância física manteve-se estável em 6,9%, mesmo patamar de junho.