O relatório é do Hedge Brasil Shopping FII (HGBS11), referente a junho de 2025.
O gestor destaca um cenário macro e político complexo, com volatilidade nos mercados devido a tensões geopolíticas e decisões tarifárias, além de críticas à política monetária do Banco Central do Brasil. Diante disso, a gestão pretende flexibilizar o calendário de divulgação das cartas mensais, separando-as, quando necessário, dos relatórios mensais.
Em junho, o fundo teve um resultado de R$ 0,13 por cota e distribuiu R$ 0,16 por cota, mantendo a política de distribuição de, no mínimo, 95% do resultado semestral. A gestora reafirma a indicação de distribuição de R$ 0,16 por cota até o fim do primeiro semestre de 2025 e informará sobre o segundo semestre no próximo relatório.
Um evento relevante foi a alienação de 10% do Shopping Jardim Sul por R$ 63 milhões, o que geraria um lucro não recorrente de R$ 0,03 por cota. A transação tem um cap rate de 7,7%.
Em termos operacionais, em maio, o portfólio apresentou vendas de R$ 1.414/m², crescimento de 12,9% vs. maio de 2024, e NOI de R$ 84,6/m², crescimento de 13,9% vs. maio de 2024. A vacância ficou em 4,8%.
A carteira do fundo é composta por 78,9% em imóveis e 15% em FIIs. Há investimentos em 20 shoppings, com maior peso no Jardim Sul (19%) e Shopping Penha (12%). A diversificação por operadores tem ALLOS com 50% de participação, seguido por AD Shopping com 22%. A maior parte dos ativos está localizada em São Paulo (86%). A alavancagem do fundo, medida pela relação dívida/PL, está em 11,4%.
Comparando com maio de 2024 (relatório de maio/25), houve crescimento de vendas (12,9% - dados da página 7 do relatório de jun/25) e redução da vacância (de 6% para 4,8% - página 8 de jun/25). No entanto, o NOI/m² apresentou um crescimento menor (13,9% - página 7 de jun/25) comparado com o crescimento das vendas no mesmo período.
Em relação a abril de 2025 (relatório de maio/25) houve diminuição nas vendas por metro quadrado (de R$ 1.297 para R$ 1.414 página 7 do relatório de jun/25). A vacância também aumentou (de 4,7% para 4,8%), e resultado operacional aumentou (de R$ 73,3/m² para R$ 84,6/m²).
Em relação a março de 2025 (relatório de abril/25), houve aumento nas vendas (de R$ 1.230 para R$ 1.414 - página 7 do relatório de jun/25) e aumento na vacância - que estava em 4.8% em março e passou para 5% em abril (segundo dados do relatório de maio/25). O NOI/m² subiu de R$ 76,2/m² para R$ 84,6/m².
O relatório também destaca iniciativas ESG nos shoppings.