FATN11: O que diz o relatório divulgado em novembro de 2025?

O que está no relatório de setembro de 2025 do FATN11, divulgado em novembro de 2025?

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Analisamos o relatório gerencial de setembro de 2025 do fundo, um termômetro importante para o investidor brasileiro. O documento mostra uma gestão ativa, com aumento de receita, queda de despesas e uma vacância quase nula, mostrando a força da sua estratégia em lajes corporativas.

Receitas em alta e vacância mínima

O relatório trouxe notícias positivas para os cotistas do FATN11. A receita de locação cresceu 4,95% em relação a agosto, atingindo R$ 4,52 milhões. Ao mesmo tempo, as despesas totais tiveram uma leve redução de 1,01%, fechando em R$ 1,12 milhão. Este movimento de "tesoura", com receitas subindo e custos caindo, impulsionou o resultado operacional em 2,93%, para R$ 3,80 milhões.

Interessante notar a eficiência na gestão da ocupação. A taxa de ocupação do portfólio (excluindo o projeto Brasílio Machado) atingiu impressionantes 99,03%. A única área vaga, o conjunto 101 do Edifício Atrium I, já teve um novo contrato de locação assinado com início em outubro. Isso demonstra a agilidade do modelo plug and play adotado pelo fundo, que historicamente recoloca imóveis em uma média de 13 dias.

Dividendos de R$ 0,80 e a gestão do ganho de capital

O fundo anunciou a distribuição de R$ 0,80 por cota, paga em 14 de outubro de 2025. Este valor mantém a constância dos últimos meses e, com base na cotação de R$ 83,74 de 5 de novembro de 2025, representa um dividend yield de 11,64% nos últimos 12 meses.

Uma observação perspicaz, no entanto, está na composição desse resultado. O saldo de ganhos de capital de vendas de ativos a ser distribuído caiu drasticamente, de R$ 364 mil em agosto para apenas R$ 43 mil em setembro. Isso sugere que o dividendo está cada vez mais sustentado pela receita pura de aluguéis, um sinal de saúde operacional, já que a reciclagem de portfólio não é uma fonte de renda recorrente e infinita.

FATN11: movimentos estratégicos no portfólio

A gestão continua focada na maturação do Edifício Brasílio Machado, seu principal projeto em desenvolvimento. A ocupação do ativo avançou bem, a área com contrato vigente subiu de 64,49% em agosto para 70,41% em setembro, e a área já contratada (aguardando vigência) aumentou para 18,60%. Somados, quase 90% do imóvel já têm destino certo.

O caixa do fundo fechou setembro em R$ 2,1 milhões, uma redução pontual explicada pelo pagamento de R$ 4,7 milhões pela aquisição de cotas do FII SYN5, parte da estratégia para o Ed. Brasílio Machado. A gestão, no entanto, já sinalizou que o valor foi recomposto em outubro. Além disso, a conclusão da venda de um conjunto no Edifício Harvard por R$ 3 milhões, também em outubro, reforça a capacidade de gerar liquidez.

Indicadores-chave

Com base nos dados de 30 de setembro e 5 de novembro de 2025, alguns indicadores se destacam:

  • Preço sobre Valor Patrimonial (P/VP): Com cota a R$ 83,74 e VP de R$ 98,39, o fundo negocia com um P/VP de 0,85, ou seja, um desconto de 15% sobre seu patrimônio.
  • Número de Cotistas: A base de investidores continua crescendo, passando de 22.040 para 22.641 em um mês, um aumento de 2,7%.
  • Liquidez: O volume negociado na B3 subiu 9,2% em setembro, alcançando R$ 26,4 milhões no mês.

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Este artigo não representa recomendação de compra ou venda de qualquer ativo. O conteúdo tem caráter informativo e a decisão final de investimento permanece sob sua responsabilidade.