BRCR11: novas locações e queda da vacância em 2025

Conheça o BRCR11 e suas novas locações em 2025. Análise da queda de vacância, perspectivas do FII e oportunidades para investidores no mercado imobiliário.

Compartilhar:

O FII BRCR11 apresentou novidades operacionais em seu último relatório gerencial, referente a outubro de 2025. Em um cenário de juros ainda elevados, a gestão ativa do fundo conseguiu fechar novos contratos de locação e reduzir a vacância, movimentos que merecem a atenção do investidor.

Apesar do desempenho negativo da cota no mês, os fundamentos do fundo mostram sinais de melhoria, com destaque para a ocupação de imóveis estratégicos em São Paulo e no Rio de Janeiro.

As vitórias operacionais de outubro

O comentário do gestor no relatório de outubro de 2025 foi o ponto alto, detalhando uma série de avanços comerciais. O mais relevante foi no EZ Towers, em São Paulo, onde um andar inteiro de 1.835 m² foi locado para uma multinacional de engenharia. Com isso, a ocupação do ativo subiu para 82%, um marco importante para um dos principais imóveis do fundo.

No Rio de Janeiro, o Edifício Montreal também trouxe boas notícias. Um locatário existente expandiu sua área em 427 m², ocupando a cobertura e, com isso, zerando a vacância do prédio.

Além das novas locações, o fundo realizou duas revisões de aluguel no Morumbi Corporate - Torre Diamond, em São Paulo, que resultaram em um aumento de 17% nos valores. Este movimento sinaliza um poder de negociação crescente na valorizada região da Chucri Zaidan.

Vacância em queda e o impacto nos números

Essas movimentações comerciais se refletiram diretamente nos indicadores do BRCR11. A vacância física do portfólio, que era de 13,0% em setembro, caiu para 11,8% em outubro. A vacância financeira acompanhou a melhora, recuando de 11,8% para 10,8% no mesmo período.

Analisando os dados, a principal contribuição para essa queda veio do EZ Towers, cuja área vaga diminuiu de 3.083 m² para 1.695 m² entre os relatórios de setembro e outubro. A ocupação total do Montreal também foi um fator decisivo. Para o cotista, isso significa mais receita potencial sendo gerada pelos ativos do fundo.

O contraste: cota em baixa

Chama a atenção o contraste entre as melhorias operacionais e o comportamento da cota no mercado. Em outubro de 2025, o BRCR11 teve um retorno negativo de -5,1%, enquanto o IFIX, principal índice de FIIs, subiu 0,6%.

Com a cota negociada a R$ 40,87 (em 04/11/2025) e o valor patrimonial por cota em R$ 85,06 (base setembro/2025), o fundo apresenta um P/VP de 0,48. Isso indica que o mercado negocia o fundo com um desconto de 52% em relação ao valor contábil de seus ativos. O mercado parece ainda não dar crédito ao BRCR11.

O que esperar?

Além das locações, a gestão anunciou a recuperação de aproximadamente R$ 620 mil em causas judiciais, um valor que deve ser distribuído aos cotistas nos próximos meses. Não por acaso, o relatório sinaliza uma previsibilidade de distribuição de R$ 0,48 por cota para novembro de 2025, um salto em relação aos R$ 0,41 distribuídos nos últimos meses.

O momento do BRCR11 ilustra uma dinâmica comum no mercado, a recuperação dos fundamentos de um fundo nem sempre se reflete imediatamente no preço de sua cota. Para os investidores, a tarefa é acompanhar se essa melhora operacional se sustenta e se traduz em mais renda e valor no longo prazo.

Quer receber alertas dos seus fundos imobiliários?

Assinar alertas por e-mail

Comentários

0 comentários

Inicie a conversa! Compartilhe suas dúvidas e opinião.

Deixe um comentário

Máximo de 30 caracteres.

Máximo de 4000 caracteres.

Campos obrigatórios. O nome ficará salvo neste dispositivo para agilizar seu próximo comentário.

Este artigo não representa recomendação de compra ou venda de qualquer ativo. O conteúdo tem caráter informativo e a decisão final de investimento permanece sob sua responsabilidade.