A análise do relatório de setembro de 2025 do fundo Patria Logística FII (PATL11) mostra um mês com um evento não recorrente importante em suas receitas, enquanto a parte operacional de locação segue em negociação, sem grandes novidades. A distribuição de rendimentos se manteve estável, mas a composição do resultado que permitiu esse pagamento teve uma alteração relevante em comparação ao mês anterior.
Em setembro, o fundo registrou um resultado de R$ 0,56 por cota e distribuiu R$ 0,57 por cota, valor em linha com a distribuição de agosto. A principal novidade no resultado foi o recebimento da primeira parcela da multa de rescisão do locatário SEB, que impactou positivamente as receitas em R$ 0,06 por cota. Esse ganho não recorrente foi importante para a composição do resultado do mês, uma vez que a receita de locação recorrente teve uma queda, passando de R$ 0,68 por cota em agosto para R$ 0,57 por cota em setembro. O fundo utilizou R$ 0,01 por cota de suas reservas para complementar a distribuição.
No aspecto operacional do portfólio, a situação de vacância permaneceu inalterada. As taxas de vacância física e financeira continuaram em 2,7% e 6,5%, respectivamente, referentes a uma área de 4.104 m² no ativo de Itatiaia. A gestora informa que continua com as negociações para locação dessa área, com visitas ocorrendo, e também para as câmaras disponíveis no ativo Ribeirão das Neves, onde as discussões contratuais seguem evoluindo de forma lenta. Um ponto operacional positivo no mês foi o reajuste de contratos de aluguel em uma área de 16.796 m², o que não havia ocorrido em agosto.
A composição da carteira de imóveis e a estrutura de capital do PATL11 não tiveram mudanças, com o fundo mantendo seus quatro ativos e sem qualquer alavancagem financeira. O prazo médio dos contratos (WALE) teve uma leve redução natural de 4,5 para 4,4 anos. A gestão mantém o alerta sobre a saída programada do locatário SEB em março de 2026, que, se a área não for locada até lá, poderá elevar a vacância física do fundo.