A análise do relatório de agosto de 2025 do fundo Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11) destaca uma continuidade na queda dos rendimentos e o avanço da proposta de reorganização da carteira. A distribuição foi de R$ 0,70 por cota, uma redução frente aos R$ 0,78 de julho e o valor mais baixo nos últimos 12 meses. Para compor esse valor, a gestão utilizou R$ 0,01 da reserva de resultados, que agora soma aproximadamente R$ 0,70 por cota. A queda no resultado é justificada pelo gestor devido à correção monetária mais baixa nos últimos meses, refletindo o arrefecimento do IPCA, além de um atraso no pagamento do CRI Cyano e a inadimplência do CRI Bewiki, que segue em repactuação.
A principal novidade estratégica, já mencionada no mês anterior, é a reorganização das carteiras dos fundos IRDM11 e IRIM11. O gestor reforça que o objetivo é unir os veículos para permitir uma reciclagem mais ágil do portfólio. Isso facilitaria a venda de ativos com prejuízo contábil, especialmente na carteira de FIIs, sem impactar negativamente a distribuição de rendimentos futuros. A primeira assembleia para este fim já foi aprovada.
Em relação à carteira de ativos, o fundo realizou vendas de R$ 9,8 milhões dos CRIs Plaenge 1 e 2 e de R$ 354 mil do CRI Cemara. Não houve novas compras de CRIs ou FIIs no período, o que elevou a posição de caixa de 1,78% do patrimônio líquido em julho para 2,94% em agosto. A alavancagem via operações compromissadas reversas permaneceu estável, totalizando R$ 34,3 milhões. A seção de acompanhamento de operações não trouxe novas inadimplências relevantes, mas reforça os casos já conhecidos, como Bewiki, Villa Jardim, Gramado Parks e Ekko, que continuam impactando a performance.