O relatório gerencial do fundo imobiliário HGRE11, o Patria Escritórios FII, referente a abril de 2025, apresenta um novo formato de relatório mensal padronizado.
Em abril de 2025, a receita total do fundo foi de R$ 1,03/cota, resultando em R$ 0,81/cota. O reajuste de aluguel no Sêneca impactou positivamente em R$ 0,02/cota, e o recebimento da quarta parcela da venda da Brasilinterpart gerou um lucro de R$ 0,01/cota. O rendimento distribuído foi de R$ 0,85/cota, pago em 15 de maio de 2025. A gestão espera um rendimento maior em junho, para atingir o percentual mínimo de 95% devido a resultados não recorrentes já realizados.
O patrimônio líquido do fundo é de R$ 1.823,1 milhões, com cota patrimonial de R$ 154,27. O valor de mercado é de R$ 1.403 milhões, com cota de mercado de R$ 118,72 e um P/VP de 0,77x. O dividend yield de mercado é de 8,6% a.a., e o dividend yield patrimonial é de 6,6% a.a.
Não houve movimentações de locatários em abril, mantendo a vacância física em 13,8% e a financeira em 9,7%. Há negociações em andamento para locação na Torre Jatobá e no Guaíba. Reajustes foram realizados em 14.071 m² de ABL. A alavancagem do fundo é de 2,8%, com vencimentos majoritariamente de longo prazo.
Após 30 de abril, foram concluídas as vendas de 27,4% da participação no Berrini One e 33,3% no Transatlântico. A venda do Berrini One totalizou R$ 68,1 milhões, gerando um resultado de R$ 1,32 por cota. A venda do Transatlântico foi de R$ 3,3 milhões, com TIR de 5,1% a.a.
A carteira é composta por aproximadamente 90% em imóveis, 3% em CRI e 2% em FIIs. O fundo possui um passivo de R$ 50 milhões referente à securitização. A gestão projeta uma desalavancagem contínua, visando 2,3% no início de 2026.
A análise da carteira de ativos imobiliários mostra a porcentagem do valor patrimonial e da receita contratada de cada ativo. A distribuição geográfica é concentrada no Sudeste (São Paulo: 98,2%), com pequenas parcelas no Sul (Paraná: 1,0%) e Sudeste (Rio de Janeiro: 0,8%).
Os principais dados da carteira de FIIs são as alocações em JSRE11 (0,68%), SARE11 (0,50%), KORE11 (0,48%), AIEC11 (0,40%), RBRP11 (0,38%) e RCRB11 (0,07%). A alocação total em FIIs representa 2,5% do PL.
Comparando com março de 2025, houve um recebimento da terceira parcela da venda do Edifício Faria Lima (R$ 0,41/cota) e das parcelas da venda Brasilinterpart (R$ 0,01/cota). Em fevereiro de 2025, a receita total foi de R$ 1,30 por cota, impactada pela venda do Edifício Vivo Curitiba (R$ 0,30 por cota) e das parcelas da venda Brasilinterpart (R$ 0,01 por cota).
Em relação à vacância, março de 2025 não apresentou alterações, mantendo-se em 13,8% (física) e 9,4% (financeira). Fevereiro de 2025 teve um leve aumento nas vacâncias devido à venda do Ed. Vivo Curitiba.
A alavancagem em março de 2025 era de 2,8%, e em fevereiro de 2025 era de 2,9%.
**Em resumo:** o fundo apresentou um resultado positivo em abril, com impacto de reajuste de aluguel e venda de ativos. A gestão continua focada na redução da vacância e na estratégia de desinvestimento para otimizar a carteira e aumentar a receita recorrente. Houve um aumento na alocação em FIIs, buscando uma assimetria entre adquirir ativos imobiliários e indiretamente por meio dos FIIs listados em bolsa.