A análise do relatório de setembro de 2025 do fundo Bresco Logística FII (BRCO11) indica importantes movimentações no portfólio e uma nova proposta estratégica da gestão. A principal novidade foi a celebração de um contrato de locação de cinco anos com a M. Dias Branco no imóvel Bresco Canoas, ocupando uma área de 15.553 m². Este novo contrato terá um valor de aluguel 12% superior ao anterior após os períodos de carência e descontos.
Apesar da nova locação, a taxa de vacância física do fundo aumentou de forma significativa, passando de 3,8% em agosto para 7,7% em setembro. Essa elevação é justificada principalmente pela desocupação total do imóvel Bresco Embu, que ocorreu no final de agosto, e pela saída da FM Logistic de uma parte do Bresco Canoas. A gestão informa que mantém prospecção ativa e conversas para locação das áreas vagas, incluindo negociações avançadas para a área que será desocupada pela WestRock no Bresco Itupeva em abril de 2026.
Do ponto de vista financeiro, a receita total de setembro foi de R$ 16,5 milhões, uma queda em relação aos R$ 18,3 milhões de agosto e R$ 20,3 milhões de julho. A gestora explica que os meses anteriores foram positivamente impactados por recebimentos não recorrentes, como indenizações por rescisões antecipadas. Já em setembro, as despesas aumentaram, influenciadas por custos de corretagem da locação com os Correios e despesas com a manutenção do imóvel vago em Embu. A Receita Anual Estabilizada também refletiu essas mudanças, caindo de R$ 164 milhões para R$ 159 milhões.
O rendimento distribuído foi mantido em R$ 0,87 por cota, o mesmo valor dos dois meses anteriores. Para manter esse patamar, o fundo distribuiu 102,8% do lucro caixa do mês, utilizando uma pequena parte de seu caixa acumulado, que agora soma R$ 26,1 milhões, ou R$ 1,64 por cota.
O evento mais relevante de setembro foi a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para deliberar sobre a potencial aquisição de dois ativos imobiliários, Bresco Simões Filho e Bres Viracopos, que pertencem a outros fundos geridos pela própria Bresco. A proposta de pagamento envolve 50% em dinheiro e 50% por meio da emissão de novas cotas do BRCO11 a serem subscritas pelos fundos vendedores, sinalizando uma potencial expansão do portfólio via uma estrutura de transação com partes relacionadas.