A análise do relatório de outubro de 2025 do Vinci Shopping Centers FII (VISC11) revela a manutenção da distribuição de rendimentos em R$ 0,81 por cota, o mesmo valor do mês anterior. No entanto, o resultado gerado no mês foi de R$ 0,73 por cota, inferior à distribuição. Para complementar o valor distribuído, o fundo utilizou parte de seu resultado acumulado, que agora totaliza R$ 1,10 por cota, uma redução em relação aos R$ 1,18 por cota registrados em setembro. A gestão mantém a estimativa de distribuição entre R$ 0,80 e R$ 0,85 por cota até o final de 2025.
O principal destaque do período foi o desempenho operacional dos shoppings, referente a setembro. A taxa de ocupação atingiu 94,8%, o maior patamar dos últimos cinco anos e um avanço em relação aos 94,5% do mês anterior. Houve também uma aceleração significativa no crescimento do NOI (Receita Operacional Líquida) por metro quadrado, que foi de 11,2% na comparação com o mesmo período de 2024, um número bem superior aos 2,8% reportados no mês passado. Outros indicadores, como vendas nas mesmas lojas (SSS) e aluguel nas mesmas lojas (SSR), também mostraram crescimento, com altas de 3,1% e 7,2%, respectivamente.
Em relação aos indicadores financeiros, a inadimplência líquida apresentou uma melhora, caindo de 3,3% para 2,7% em setembro. Em contrapartida, o nível de descontos concedidos aos lojistas subiu de 1,9% para 2,3% sobre o faturamento. A estrutura da carteira do fundo permaneceu estável, sem novas aquisições ou vendas de ativos. O endividamento total teve uma pequena redução, de R$ 702,6 milhões para R$ 698,9 milhões, devido à amortização de suas obrigações.
A visão do gestor continua otimista quanto ao cenário macroeconômico, reforçando a expectativa de início de um ciclo de corte da taxa Selic em dezembro, o que poderia beneficiar o setor de shoppings. A cota do fundo teve uma desvalorização de 3,4% no mercado secundário em outubro, encerrando o mês a R$ 106,10, enquanto o valor patrimonial da cota ficou em R$ 123,15.