A análise do relatório de setembro de 2025 do Valora CRI CDI FII (VGIR11) aponta para a manutenção da estratégia de reciclagem da carteira e uma importante alteração no perfil de indexadores do fundo. A distribuição de rendimentos se manteve em R$ 0,13 por cota, mesmo valor do mês anterior, mas a rentabilidade do mês, de CDI + 1,5% ao ano, foi inferior à de agosto, que foi de CDI + 2,2%. O resultado total do fundo permaneceu estável devido a um aumento na receita com negociação de CRIs, que compensou uma queda na receita de juros em comparação com o mês passado.
A mudança mais significativa do mês foi a repactuação da taxa do CRI São Gonçalo 179E, que passou de CDI + 4,50% para IPCA + 10,50%. Essa alteração, já programada, introduziu uma exposição à inflação na carteira do fundo, que era 100% atrelada ao CDI em agosto. Agora, 2,0% do portfólio está indexado ao IPCA. A alocação em CRIs teve um leve aumento, passando de 92,9% em agosto para 93,3% do patrimônio líquido em setembro.
A gestão do fundo continuou a movimentar a carteira, adquirindo R$ 10,4 milhões em CRIs já existentes, sem adicionar novos ativos ao portfólio neste mês. Ao mesmo tempo, o fundo recebeu R$ 6,4 milhões em amortizações. A comparação com relatórios anteriores mostra uma tendência de desalavancagem; o fundo que utilizava operações compromissadas até junho, liquidou essas posições em julho e permaneceu sem alavancagem em setembro.
Outros indicadores do período mostraram uma evolução positiva. O número de cotistas cresceu de 257.467 para 259.612, e o volume médio diário de negociação aumentou de R$ 4,6 milhões em agosto para R$ 5,0 milhões em setembro, indicando um aumento na liquidez da cota no mercado secundário. Em sua visão, a gestão segue considerando os ativos da carteira saudáveis, mantendo o monitoramento sobre a questão do CRI Guaicurus, cuja venda dos terrenos de garantia segue pendente.