A análise do relatório de outubro de 2025 do Fundo Valora CRI CDI (VGIR11) indica um aumento na alocação de capital em Certificados de Recebíveis Imobiliários. A exposição a CRIs cresceu de 93,3% para 94,9% do patrimônio líquido, reduzindo a posição em caixa de 6,7% para 5,1%. Consequentemente, o total investido em CRIs subiu de R$ 1,31 bilhão para R$ 1,34 bilhão, e a carteira agora possui 55 operações diferentes, duas a mais que no mês anterior.
A gestão intensificou as movimentações na carteira durante o mês de outubro. O fundo adquiriu R$ 29,8 milhões em CRIs, um volume significativamente maior que os R$ 10,4 milhões de setembro. Destaca-se a entrada de dois novos ativos: o CRI Haus Moema (CDI + 3,0%) e o CRI RV Ipiranga 3S (CDI + 5,0%). O restante do valor foi usado para aumentar a participação em cinco CRIs já existentes. Em contrapartida, o fundo recebeu R$ 6,8 milhões em amortizações.
A distribuição de rendimentos foi mantida em R$ 0,13 por cota, o mesmo valor do mês anterior. Apesar disso, o resultado do fundo em outubro, de R$ 20,7 milhões, foi superior aos R$ 19,8 milhões registrados em setembro. A manutenção do dividendo, mesmo com um resultado maior, está alinhada com a prática de acumular uma pequena reserva, que ao final de outubro era de aproximadamente R$ 0,01 por cota.
A composição da carteira por segmento teve uma leve alteração, com a exposição ao setor Residencial aumentando de 79,4% para 80,1%. Outro ponto de destaque é a redução na duração média da carteira de CRIs, que passou de 1,7 anos em setembro para 1,6 anos em outubro, indicando um prazo médio de recebimento ligeiramente mais curto para os ativos do fundo.
Como evento subsequente de grande relevância, a gestora informou a quitação dos CRIs Delfim Moreira 22S e 23S no início de novembro, o que representou uma entrada de caixa de R$ 49,3 milhões. Adicionalmente, o fundo realizou novos investimentos de R$ 35,9 milhões no mesmo período, sinalizando uma reciclagem importante e de alto volume no portfólio para o próximo mês.
Por fim, outros indicadores mostraram uma tendência positiva. O número de investidores cresceu para 260.772 e o volume médio de negociação diária da cota no mercado secundário aumentou de R$ 5,0 milhões para R$ 5,9 milhões. O valor da cota patrimonial registrou uma leve alta, passando de R$ 9,65 para R$ 9,68.