A análise do relatório de julho de 2025 do fundo Valora CRI CDI (VGIR11) aponta um mês de intensa movimentação e uma mudança estratégica significativa na gestão da alavancagem. A gestora realizou vendas de R$ 320,1 milhões em 24 CRIs, incluindo a liquidação total de oito operações, como os CRIs Longitude 44E 1S, Netcorp e Alfa Realty. Com os recursos, o fundo liquidou R$ 140,3 milhões em operações compromissadas reversas, eliminando a alavancagem que existia no mês anterior. Como resultado, a alocação em CRIs caiu de 108,8% do patrimônio líquido em junho para 97,6% em julho, com o restante em caixa.
Em paralelo, o fundo investiu R$ 173,0 milhões, sendo três em novos ativos: CRI Artefacto (CDI + 3,0%), CRI Scala Datacenter (CDI + 3,0%) e CRI Helbor 86E (CDI + 3,0%), e o restante em aquisições adicionais de CRIs já presentes na carteira. O número total de operações diminuiu de 58 para 53, e a duration média da carteira reduziu levemente de 1,9 para 1,8 anos.
A distribuição de rendimentos aumentou de R$ 0,12 para R$ 0,14 por cota, o maior valor dos últimos meses. Esse aumento foi possível devido ao resultado do mês e à utilização da reserva de caixa, que zerou em julho. Em junho, havia uma reserva de R$ 0,01 por cota. A carteira de CRIs teve uma leve alteração na exposição a indexadores, com o IPCA passando a representar 5,1% do portfólio, ante 4,6% em junho. A gestão informou ainda que, como evento subsequente em agosto, já realizou R$ 24,0 milhões em novos investimentos.