No relatório de julho de 2025, o fundo imobiliário Valora CRI Índice de Preço (VGIP11) apresentou uma distribuição de R$0,76 por cota, uma redução significativa em relação aos R$1,25 distribuídos em junho e R$1,98 em maio. A gestora explica que as distribuições dos meses anteriores foram elevadas devido ao "giro" da carteira, com a venda de ativos para realizar ganhos de inflação acumulados, o que não ocorreu com a mesma intensidade em julho. O resultado de negociação de CRIs, que foi de R$13,3 milhões em maio e R$3,5 milhões em junho, caiu para apenas R$72 mil em julho, justificando a queda no rendimento. O fundo ainda possui R$0,29 por cota em ganhos de inflação acumulados para futura distribuição.
Uma mudança importante na estrutura de capital foi a liquidação total das operações compromissadas, que representavam uma alavancagem de R$37,3 milhões no mês anterior. Com isso, o fundo deixou de estar alavancado, encerrando julho com 99% do seu patrimônio alocado em CRIs e o restante em caixa. Esta mudança foi possível devido às amortizações recebidas no mês, que somaram R$18,0 milhões. Entre elas, destacam-se as liquidações totais dos CRIs Francisco Leitão 14S e 15S. Na ponta das aquisições, o fundo investiu R$2,0 milhões em um novo ativo, o CRI Scala Datacenter 2S, com taxa de IPCA + 9,50% ao ano.
A cota patrimonial do fundo teve uma queda de R$0,85 no mês, fechando em R$87,50. Segundo a gestora, a desvalorização foi causada pela abertura das taxas de juros dos títulos públicos (NTN-B), que impacta negativamente a marcação a mercado da carteira de CRIs.
A gestora mantém a observação sobre a inadimplência do CRI Manhattan 196S, que representa 2,1% do patrimônio, mas ressalta que a operação segue com garantias consideradas robustas. Como evento subsequente, o fundo informou um novo investimento de R$19,2 milhões em um CRI com taxa de IPCA + 10,5% no início de agosto, utilizando os recursos obtidos com as amortizações recentes.