No mês de outubro de 2025, o Valora Hedge Fund (VGHF11) apresentou uma redução na distribuição de rendimentos, passando de R$ 0,08 para R$ 0,07 por cota. Essa diminuição está associada a uma queda nas receitas do fundo, que foram de R$ 12,1 milhões no mês, contra R$ 15,6 milhões em setembro, impactadas principalmente por menores resultados com CRIs e ganhos de capital. Além disso, o patrimônio líquido do fundo teve uma variação negativa de R$ 0,03 por cota, justificada pela gestora como resultado da desvalorização da carteira de FIIs, em contraste com a valorização ocorrida no mês anterior.
A principal novidade foi uma mudança relevante na alocação da carteira. A gestora aumentou a exposição na estratégia "Valor", que subiu de 42,9% para 46,6% do total de ativos. Esse movimento foi impulsionado por uma compra líquida de R$ 37,9 milhões, com destaque para a aquisição de uma participação no Complexo Cidade Matarazzo em São Paulo. Em contrapartida, a fatia da estratégia "Renda" diminuiu de 57,1% para 53,4%, após vendas líquidas de R$ 76,5 milhões, majoritariamente em CRIs, que, segundo o relatório, geraram ganho de capital para o fundo.
As operações de venda com recompra futura de CRIs, que representam a alavancagem do fundo, aumentaram ligeiramente para R$ 62,2 milhões, correspondendo a 4,4% do patrimônio líquido, ante 4,0% no mês anterior. Os casos de inadimplência mencionados anteriormente, como os CRIs da Selina (marcados a zero) e a venda dos terrenos do CRI Guaicurus, seguem sem novidades relevantes, mantendo-se como pontos de atenção.
O número de cotistas continuou a crescer, atingindo a marca de 406.957 investidores. A liquidez média diária no mercado secundário também apresentou um leve aumento, subindo para R$ 2,8 milhões.