A análise do relatório de outubro de 2025 do fundo REC FII CRI Cotas Amortizáveis (RECD11) indica a distribuição de R$ 0,0863 por cota. Este valor representa um dividend yield de 1,041% no mês, considerando a cota de mercado de R$ 8,29. O rendimento equivale a 105% do CDI líquido de impostos e mostra uma recuperação em relação à distribuição do mês anterior, que foi de R$ 0,0739 por cota, mas permanece em um patamar semelhante ao de agosto de 2025.
Um ponto fundamental do RECD11, destacado no relatório, é sua característica de "Cotas Amortizáveis". Isso significa que o fundo está estruturado para devolver o capital investido aos cotistas ao longo do tempo, além dos rendimentos. Desde seu início, já foram amortizados quase R$ 9 milhões, o que explica a redução gradual do seu patrimônio líquido. Esta é uma característica planejada de sua estratégia e não um sinal de perda de valor por má performance.
A carteira do fundo segue concentrada, com 81% do patrimônio em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). A maior parte desses CRIs (74%) está indexada ao IPCA, com uma taxa média de aquisição de 9,22% ao ano, o que posiciona o fundo para se beneficiar de cenários de inflação mais alta. A alocação de risco é majoritariamente corporativa (62%). Não foram relatadas novas aquisições ou vendas de ativos no mês de outubro, mantendo a composição da carteira estável.
O Demonstrativo de Resultados Gerencial (DRE) revela que a receita de caixa em outubro foi de R$ 478 mil, superior aos R$ 424 mil de setembro, o que justifica o aumento na distribuição. O fundo também apresentou uma marcação a mercado positiva neste mês, revertendo o resultado negativo do mês anterior. Um dado que chama a atenção é a baixíssima liquidez das cotas na bolsa, com um volume negociado de apenas R$ 2.816 durante todo o mês, refletindo também seu pequeno número de cotistas (329).
É importante notar que o relatório anterior fornecido para comparação, de setembro de 2025, pertence a outro fundo da mesma gestora, o FII REC Recebíveis Imobiliários (RECR11). Portanto, os dados não são diretamente comparáveis, visto que o RECR11 é um fundo de porte muito superior, com mais de R$ 2,3 bilhões de patrimônio, e possui uma estratégia, portfólio e histórico distintos do RECD11.