Em seu relatório de novembro de 2025, o fundo FII REC Recebíveis Imobiliários (RECR11) reportou um aumento na distribuição de rendimentos e movimentações relevantes em sua carteira de investimentos. A distribuição anunciada foi de R$ 0,8194 por cota, valor superior aos R$ 0,8037 pagos em outubro. Este rendimento representa 125% do CDI líquido de impostos, um patamar percentual consideravelmente maior que os 105% do CDI observados no mês anterior.
A cota de mercado do fundo apresentou uma valorização significativa durante o mês, fechando em R$ 80,32, ante R$ 77,40 no final de outubro. Em contrapartida, a cota patrimonial registrou uma leve queda, passando de R$ 89,77 para R$ 89,54. Essa combinação de alta no preço de mercado e leve redução no valor patrimonial diminuiu o deságio com que o fundo vinha sendo negociado. O resultado financeiro do mês, apurado pelo regime de caixa, foi de R$ 21,7 milhões, ligeiramente superior aos R$ 21,3 milhões de outubro, o que justifica o aumento na distribuição.
A gestão do RECR11 esteve ativa no mercado, realizando novas alocações que totalizaram mais de R$ 40 milhões. O movimento mais importante foi a aquisição de R$ 38 milhões no CRI "Ativos Residenciais Diversificados", remunerado a CDI + 3,00% ao ano, o que aumentou a exposição do fundo a este indexador. O fundo também realizou compras menores em outros dois CRIs atrelados ao IPCA e adquiriu cotas do FII FLCR11 no valor de R$ 2,3 milhões. Por outro lado, foram realizadas vendas de pequeno volume em três CRIs, totalizando aproximadamente R$ 800 mil.
Essas movimentações elevaram o percentual de alocação do fundo de 95% para 96% do patrimônio, mostrando uma gestão mais alocada e com menos recursos em caixa. A principal consequência na estratégia foi um leve aumento na exposição ao CDI, que passou de 11% para 13% da carteira de CRIs, com uma correspondente redução na fatia atrelada ao IPCA, que agora representa 84%. A Demonstração de Resultados Gerencial também indicou uma marcação a mercado positiva de R$ 14,8 milhões, superior ao resultado positivo de R$ 8,5 milhões de outubro, refletindo uma melhora na avaliação dos ativos do portfólio.