No relatório de outubro de 2025 do fundo Kinea Hedge Fund FII (KNHF11), a gestão manteve a distribuição de rendimentos em R$ 1,00 por cota. Este valor foi superior ao resultado gerado no mês, que foi de R$ 0,91 por cota. Para complementar a distribuição, o fundo utilizou parte de sua reserva de lucros, que diminuiu de R$ 0,98 para R$ 0,89 por cota. A gestão justifica o resultado mais baixo pelo impacto da inflação (IPCA) de meses anteriores, que foi baixa e afetou o rendimento dos CRIs indexados à inflação.
A principal novidade na carteira foi o aumento da alocação em cotas de FIIs, que passou de 16,3% para 18,2% do patrimônio líquido do fundo. Este movimento foi impulsionado por uma nova aquisição de 1,52% do patrimônio no FII Riza Viseu. Trata-se de um fundo não listado em bolsa que detém ações da Riva Incorporadora, subsidiária da Direcional Engenharia, com foco em projetos do programa Minha Casa Minha Vida. A gestão estima um retorno superior a 20% ao ano com este investimento. Em contrapartida, não houve novas aquisições na carteira de CRI.
A composição da carteira de FIIs teve uma alteração relevante, com o segmento Residencial crescendo de 17,2% para 25,9% da carteira de FIIs, enquanto o segmento de CRI diminuiu de 29,5% para 24,9%. A performance da carteira de FIIs do KNHF11 foi de 2,29% no mês, superando significativamente o IFIX, que teve um retorno de 0,15%.
Na sua visão atualizada, a gestão comenta sobre o cenário político, mencionando o monitoramento das pesquisas eleitorais, mas afirma preferir não tomar decisões de alocação baseadas em otimismo com uma possível mudança de governo. A gestora também aponta a desconfiança do mercado em relação à situação fiscal do país, o que mantém as taxas de juros futuras elevadas.
Houve um aumento no número de cotistas, passando de 48.532 para 50.223. A cota de mercado do fundo encerrou o mês em R$ 93,36, uma queda em relação aos R$ 95,08 do mês anterior. Com isso, o deságio da cota negociada em bolsa em relação à cota patrimonial (R$ 99,70) aumentou.