A análise do relatório de novembro de 2025 do Kinea Hedge Fund FII (KNHF11) indica algumas mudanças em relação ao mês anterior. O fundo manteve a distribuição de dividendos em R$ 1,00 por cota. Este valor foi superior ao resultado gerado no mês, que foi de R$ 0,96 por cota. Para complementar a distribuição, o fundo utilizou parte de sua reserva acumulada, que passou de R$ 0,89 para R$ 0,86 por cota, em linha com sua política de linearização de dividendos.
Na composição da carteira, a mudança mais notável foi o aumento da alocação em ações, que mais do que dobrou, passando de 1,5% para 3,8% do patrimônio líquido. Em contrapartida, houve uma leve redução na posição em CRIs (de 61,4% para 59,9%) e FIIs (de 18,2% para 18,1%). A gestora informou que não realizou novas aquisições na carteira de CRI e fez uma pequena redução na posição em FIIs de CRI. A alavancagem total do fundo diminuiu ligeiramente, com a alocação total caindo de 118,3% para 117,6% do patrimônio.
Em relação aos imóveis físicos, o relatório destacou uma movimentação no empreendimento HL Faria Lima. A saída de um locatário, a empresa Araguaia, foi imediatamente seguida pela entrada da gestora Asarock Asset no mesmo mês, o que manteve a ocupação do portfólio imobiliário em 100%, sem período de vacância.
O número de cotistas do fundo apresentou um crescimento, passando de 50.223 para 53.630. A cota patrimonial subiu de R$ 99,70 para R$ 100,18, enquanto a cota de mercado teve uma leve queda, de R$ 93,36 para R$ 93,00. Esse movimento resultou em um aumento do deságio (diferença entre o valor de mercado e o patrimonial) de 6,8% para 7,2%.
A visão da gestora permanece focada em um cenário de desinflação no Brasil, beneficiado pelo ambiente externo. Em sua análise, a equipe de gestão destacou que tem identificado boas oportunidades de compra em fundos de CRI indexados ao IPCA que estão sendo negociados com desconto no mercado secundário.