A análise do relatório de novembro de 2025 do fundo HSI Logística FII (HSLG11) destaca principalmente a nova captação de dívida e seus desdobramentos, além da continuidade de melhorias operacionais. A maior novidade foi a conclusão da emissão de um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) no valor de R$ 75 milhões. Segundo a gestora, os recursos serão utilizados para financiar a expansão do ativo HSI Log. BTS Meli, locado para o Mercado Livre, e para reforçar a liquidez do fundo.
A expansão do HSI Log. BTS Meli adicionará cerca de 11 mil m² de Área Bruta Locável (ABL) ao imóvel, com um yield on cost projetado pela gestão de 11,8%. Com a nova dívida, o índice de alavancagem líquido do fundo deve subir de 19,5% para aproximadamente 20,4%, um nível considerado adequado pela gestora. É ressaltado que, após a conclusão da expansão e uma nova avaliação do imóvel, espera-se uma valorização patrimonial que poderá reduzir este indicador de alavancagem.
No âmbito operacional, o fundo se beneficiou do reajuste de dois contratos. O aluguel do HSI Log. Manaus, que representa 12,9% da ABL do fundo, foi reajustado pelo IPCA (+5,17%), elevando o valor médio de locação do ativo de R$ 26,20/m² para R$ 27,50/m². Houve também um reajuste menor em um contrato do HSI Log. Castelo. Como resultado, o aluguel médio ponderado de todo o portfólio subiu de R$ 25,90/m² para R$ 26,10/m². O fundo manteve a vacância e a inadimplência em zero.
Refletindo a melhora operacional, a distribuição de rendimentos aumentou para R$ 0,72 por cota, ante R$ 0,70 no mês anterior. A gestora também elevou o piso da sua projeção (guidance) de distribuição para o semestre, que agora varia entre R$ 0,72 e R$ 0,76 por cota. O resultado financeiro do mês foi de R$ 0,73 por cota, suficiente para cobrir a distribuição.
O desempenho da cota no mercado secundário e a sua liquidez também foram destaques. A liquidez diária média mais que dobrou em relação ao mês anterior, atingindo R$ 1,4 milhão. A cota de mercado fechou novembro em R$ 91,44, uma valorização de 6% no mês, enquanto o valor patrimonial por cota se manteve estável em R$ 110,00. A gestora continua a apontar que, mesmo com a valorização, a cota negocia com um desconto significativo em relação ao seu valor patrimonial e a transações comparáveis no mercado de galpões logísticos.