No relatório de outubro de 2025 do fundo Pátria Recebíveis Imobiliários (HGCR11), a principal novidade foi a redução no valor da distribuição de rendimentos, que passou de R$ 1,05 para R$ 1,00 por cota. Segundo a gestão, essa alteração, já sinalizada no relatório anterior, reflete a desaceleração da inflação e o pré-pagamento de um Certificado de Recebível Imobiliário (CRI) com rentabilidade acima da média da carteira.
Um evento de grande impacto no mês foi justamente o pagamento antecipado do CRI BHG Salvador, que representava 2,5% do patrimônio líquido do fundo. Essa liquidação gerou um ganho extraordinário para o fundo na forma de prêmio de pré-pagamento, correspondente a R$ 0,07 por cota. Os recursos obtidos com essa operação foram utilizados pela gestão para quitar totalmente a posição em operações compromissadas, que era de R$ 37 milhões no mês anterior. Com isso, o fundo deixou de ter alavancagem, e essa quitação gerou uma despesa financeira de R$ 0,09 por cota em outubro.
Outra movimentação relevante foi a venda e recompra dos CRIs GPA Sênior e Subordinado, no valor de R$ 35,5 milhões, uma estratégia para realizar o ganho de inflação acumulada, o que gerou um resultado de caixa de R$ 0,17 por cota. Além disso, houve uma alocação tática de R$ 4 milhões no CRI Iguatemi Fortaleza Sênior. Com as movimentações, a alocação do fundo encerrou o mês em 98,5% do patrimônio, sendo 91,5% em CRIs, uma redução na exposição a crédito comparado aos 94,5% de setembro, reflexo do pré-pagamento.
O resultado distribuível do mês foi de R$ 0,99 por cota, e como a distribuição foi de R$ 1,00, houve um consumo mínimo da reserva acumulada, que agora está em R$ 0,71 por cota. Sobre o CRI Quota, que está em acompanhamento especial (watchlist), a gestão informou que as negociações para a venda do ativo imobiliário em garantia evoluíram, mas ainda sem uma conclusão concreta. O número de cotistas apresentou uma leve redução, passando de 100.374 para 99.740.