O fundo imobiliário Capitânia Shoppings (CPSH11) realizou em outubro um importante movimento de reciclagem de portfólio. A gestora concluiu a venda integral de suas participações nos shoppings Praia de Belas, Metrô Tatuapé e Boulevard Tatuapé, além de uma fatia de 5,5% no Iguatemi Bosque Fortaleza. Ao mesmo tempo, o fundo concretizou a aquisição de 4,81% do Internacional Shopping Guarulhos.
Essa transação gerou um ganho de capital que impactou diretamente os rendimentos. A distribuição de proventos no mês foi de R$ 0,12 por cota, um aumento em relação ao patamar recorrente de R$ 0,10 por cota dos meses anteriores. Conforme a demonstração de resultados, o lucro total apurado em outubro foi de R$ 0,21 por cota, indicando que o fundo distribuiu parte do ganho não recorrente e reteve o restante em seu resultado acumulado.
Com as movimentações, a carteira de ativos do fundo foi reconfigurada. Os shoppings Praia de Belas, Metrô Tatuapé e Boulevard Tatuapé, que em setembro representavam, somados, cerca de 34% da ABL própria e 27% do NOI do fundo, foram desinvestidos. O portfólio agora conta com um novo ativo, o Internacional Guarulhos, e a participação no Iguatemi Fortaleza foi reduzida. Como resultado, a concentração geográfica em São Paulo agora representa 75,7% do NOI do fundo, em comparação com 61,6% no mês anterior.
Para financiar parte da aquisição, o fundo realizou uma nova emissão de R$ 50 milhões em CRIs, aumentando seu endividamento em outubro. No entanto, a gestão esclarece que essa é uma situação transitória. Dívidas mais antigas serão quitadas em novembro para liberar as garantias dos ativos que foram vendidos, e a expectativa é que o nível de alavancagem retorne aos patamares pré-transação já no próximo mês.
O relatório de outubro também mostra um aumento no volume de negociação diária, que passou de R$ 3,8 milhões em setembro para R$ 5,1 milhões. A base de cotistas continuou sua trajetória de crescimento, alcançando 26.063 investidores, um aumento de 3,3% em relação ao mês anterior. A visão da gestora é que a operação permitiu realizar lucros em ativos maduros para alocar capital em um ativo considerado "troféu" e com maior potencial de crescimento.