No relatório de setembro de 2025 do Fundo de Investimento Imobiliário BTG Pactual Agro Logística (BTAL11), o gestor informou a manutenção da distribuição de rendimentos em R$ 0,95 por cota, o mesmo patamar do mês anterior. Este valor, no entanto, foi superior ao resultado gerado no período, que foi de R$ 0,79 por cota, indicando que o fundo utilizou parte de seus resultados acumulados para complementar a distribuição, uma prática que já ocorreu em meses anteriores para manter a linearidade dos proventos.
Uma mudança significativa no resultado financeiro do fundo foi a receita total menor em comparação com o mês de agosto. Em setembro, a receita foi de R$ 5,2 milhões, enquanto em agosto havia sido de R$ 9,5 milhões. A principal causa para essa diferença foi a linha de "Receita CRI", que foi zero em setembro, contra R$ 2,0 milhões em agosto. Essa alteração é consequência direta do resgate antecipado do CRI Andali, uma decisão estratégica comunicada no relatório anterior, que converteu o valor do título em caixa. Como reflexo, a receita de aplicações financeiras (Renda Fixa) aumentou de R$ 0,9 milhão para R$ 1,4 milhão.
Na sua visão sobre a carteira, o gestor reforçou que continua o processo de desinvestimento da SPE Santo Antônio. Esta operação, quando concluída, aumentará de forma relevante a posição de caixa do fundo, que já se encontrava elevada em R$ 141 milhões, mesma quantia de agosto. Esse capital será utilizado para novas alocações alinhadas à estratégia do fundo, que busca otimizar o portfólio em um cenário de juros elevados.
A composição do portfólio de ativos imobiliários e a lista de locatários permaneceram inalteradas, e o fundo manteve sua adimplência em 100%. O prazo médio ponderado dos contratos (WAULT) teve uma leve redução natural para 6,8 anos, ante 6,9 anos no mês anterior. O valor patrimonial da cota subiu de R$ 113,1 para R$ 116,7, enquanto o valor de mercado da cota também teve uma alta, fechando setembro em R$ 80,74, mantendo um deságio significativo em relação ao seu valor patrimonial.