A análise do relatório de setembro de 2025 do fundo WHG Real Estate FII (WHGR11) aponta a manutenção da distribuição de rendimentos em R$ 0,10 por cota. O resultado operacional do mês foi de R$ 3,03 milhões, valor que cobriu quase integralmente a distribuição de R$ 3,09 milhões, mostrando uma melhora em relação a agosto, quando a geração de caixa foi de R$ 2,78 milhões para a mesma distribuição.
A principal novidade do mês foi uma realocação estratégica na carteira de fundos imobiliários e ações. A gestão informou ter movimentado R$ 8,3 milhões nesta carteira, reduzindo a exposição em fundos de shopping centers e aumentando a posição em lajes corporativas, citando como exemplos os fundos KORE11 e TOPP11. Adicionalmente, parte da alocação foi direcionada para fundos de recebíveis, que, segundo o gestor, apresentam um perfil mais defensivo.
Essa mudança de estratégia reflete a visão mais cautelosa do gestor, que destacou que o cenário econômico ainda não sinaliza uma queda consistente nas taxas de juros de longo prazo, um fator considerado essencial para a valorização de fundos de tijolo. Como resultado direto dessas movimentações, o ganho de capital com a venda de FIIs e ações foi de R$ 368 mil em setembro, um aumento significativo em comparação com os R$ 19 mil registrados em agosto.
Os dados da composição da carteira de ativos líquidos confirmam essa mudança. A exposição ao segmento de shoppings dentro desta carteira diminuiu de 25,3% em agosto para 23,2% em setembro, enquanto o segmento de escritórios aumentou de 6,7% para 8,2% no mesmo período. A alocação total em CRIs teve uma leve redução, passando de 76,0% para 74,6% do patrimônio líquido do fundo.
Outras tendências observadas foram o aumento no número de cotistas, que chegou a 14.323, e um crescimento no volume médio diário de negociação, que subiu de R$ 199 mil em agosto para R$ 257 mil em setembro, indicando um aumento na liquidez da cota no mercado secundário.