Análise do relatório de julho de 2025 do Valora Hedge Fund (VGHF11).
A distribuição de rendimentos do fundo em julho foi de R$0,09 por cota, uma redução em relação aos R$0,10 distribuídos em junho. Essa distribuição representa um retorno de 12,1% ao ano sobre a cota patrimonial. O patrimônio líquido do fundo sofreu uma variação negativa de R$0,07 por cota no mês, impactado pela desvalorização da carteira de FIIs, que acompanhou a queda do IFIX, e pela marcação a mercado negativa dos CRIs atrelados ao IPCA. Com isso, o valor da cota patrimonial caiu de R$8,57 em junho para R$8,50 em julho.
A principal novidade do mês foi um movimento estratégico da gestão, que aportou R$52,5 milhões no FII Valora FOF, um novo fundo também gerido pela Valora. Segundo o gestor, o objetivo é criar um veículo com maior potencial de ganho de capital no médio e longo prazo, através de uma estrutura alavancada para investir em cotas de outros FIIs. A integralização foi feita com FIIs que já estavam na carteira do VGHF11, a preços de mercado.
Essa movimentação intensificou uma mudança na alocação do portfólio. A carteira "Valor", que busca ganho de capital, aumentou sua participação de 40,9% para 43,5% dos ativos-alvo, impulsionada pela aquisição líquida de R$45,0 milhões, principalmente em cotas de SPEs de projetos residenciais. Em contrapartida, a carteira "Renda" diminuiu sua representatividade de 59,1% para 56,5%, após vendas líquidas de R$27,2 milhões em CRIs e FIIs. Nas movimentações detalhadas, destaca-se a venda de diversos CRIs indexados ao CDI e a compra do CRI Scala Datacenter (IPCA + 9,50%) no valor de R$33 milhões.
A situação dos casos de inadimplência permanece a mesma dos meses anteriores, com os CRIs Selina e Guaicurus ainda com pendências em negociação. O nível de alavancagem via compromissada reversa se manteve estável, totalizando R$56,8 milhões ao custo de CDI + 0,8% ao ano. O número de cotistas apresentou uma leve redução, fechando o mês em 393.812.