Com base no relatório de setembro de 2025 do fundo Riza Terrax (RZTR11) e em comparação com os relatórios anteriores, observa-se uma mudança relevante na estratégia da gestão, apesar da manutenção dos rendimentos.
A principal novidade é a revisão da alocação-alvo do portfólio. A gestão decidiu aumentar a exposição pretendida na estratégia de Land Equity, que visa ganho de capital com a venda de terras. O alvo para esta estratégia subiu de 5%, conforme informado no relatório de agosto, para 15% no relatório de setembro. Em contrapartida, as metas para as estratégias de Sale & Leaseback e Buy to Lease, que geram renda recorrente por meio de arrendamentos, foram reduzidas. A gestão justifica essa mudança pelo ambiente atual, que considera favorável para ativos de Land Equity com potencial de retornos mais elevados.
Refletindo essa nova visão, o relatório de setembro apresenta uma aparente reclassificação histórica da carteira. Os percentuais de alocação de agosto, que no relatório daquele mês eram de 47% em Buy to Lease e 6% em Land Equity, foram reajustados no relatório de setembro para 25% e 18%, respectivamente. Isso indica que não houve necessariamente compra e venda de ativos, mas uma mudança na forma como o fundo classifica suas propriedades entre as diferentes teses de investimento, alinhando a composição atual com a nova estratégia. A gestão reforça que segue buscando ativamente compradores para as fazendas Clarão da Lua e San Francisco, que estão na carteira de Land Equity, para realizar ganho de capital.
Em relação aos resultados, o fundo manteve a distribuição em R$ 1,00 por cota. No entanto, o resultado gerado no mês foi de R$ 0,96 por cota, inferior ao distribuído. Para completar o pagamento, o fundo utilizou R$ 0,04 de seu saldo de resultado acumulado, que diminuiu de R$ 2,35 para R$ 2,31 por cota. A queda no resultado mensal, quando comparado a agosto, deveu-se principalmente a uma redução na receita financeira e um aumento expressivo na linha de "Outras Despesas".
No panorama do agronegócio, o foco mudou da fase de colheita da safrinha para o início do plantio da safra de soja 2025/2026, favorecido pelas chuvas em regiões importantes como o Mato Grosso. Esse é um movimento sazonal esperado para o período.