O Fundo de Investimento Imobiliário Riza Terrax (RZTR11) divulgou seu portfólio de propriedades agrícolas, que totaliza 75.914 hectares distribuídos em 23 fazendas localizadas principalmente nos estados do Mato Grosso, Maranhão, Goiás, Tocantins e Piauí. O fundo concentra seus investimentos em terras com vocação para o cultivo de soja, milho e algodão, operando através de duas modalidades principais: compra com arrendamento posterior aos parceiros e venda com arrendamento de volta. O investimento total do fundo é de aproximadamente R$ 1,78 bilhão, com uma avaliação de mercado das propriedades atingindo R$ 3,08 bilhões, gerando uma cobertura média de 174% sobre o capital investido.
O relatório apresenta uma análise detalhada dos fatores que influenciam a precificação de terras agrícolas no Brasil, destacando a importância da qualidade do solo, clima regional, topografia, logística e consolidação do mercado. Terras com teor de argila entre 25% e 60% são consideradas ideais para cultivo, enquanto propriedades planas com boa proximidade de portos e unidades de processamento apresentam maior valorização. O documento enfatiza que regiões altamente consolidadas, como partes do Mato Grosso, Goiás e oeste da Bahia, comandam prêmios de valor mais elevados comparadas a áreas em processo de consolidação no norte e nordeste.
A gestão da Riza monitora constantemente variáveis macroeconômicas como câmbio, inflação e taxa de juros, que afetam diretamente a precificação dos ativos, uma vez que a maioria das commodities agrícolas produzidas é destinada à exportação e precificada em dólar. O fundo oferece ao mercado um rendimento contratual médio de 15,48% ao ano, com as operações apresentando coberturas que variam entre 106% e 307%, indicando margem de segurança nos investimentos. Fazendas como Poranga e Bacuri em Mato Grosso apresentam coberturas superiores a 300%, enquanto propriedades em regiões em consolidação como Trevisan em Tocantins mantêm coberturas mais modestas próximas a 106%.