O fundo Itaú Asset Rural Fiagro (RURA11) apresentou em seu relatório de outubro de 2025 a manutenção do dividendo em R$ 0,110 por cota, o mesmo valor distribuído no mês anterior. A cota patrimonial encerrou o período em R$ 10,31, um leve aumento frente aos R$ 10,29 de setembro, enquanto a cota de mercado caiu de R$ 8,29 para R$ 8,24.
O resultado contábil por cota em outubro foi de R$ 0,135, superior ao resultado de R$ 0,130 de setembro e consistentemente acima do valor distribuído. Essa diferença contribuiu para o aumento da reserva de lucros acumulados do fundo, que passou de R$ 20,4 milhões (R$ 0,127 por cota) para R$ 24,4 milhões (R$ 0,152 por cota), fortalecendo a capacidade do fundo para distribuições futuras.
A principal novidade na carteira de investimentos foi a alocação no Fiagro Ubyfol, um ativo de crédito pulverizado ligado a uma empresa de fertilizantes especiais, aumentando o número total de devedores de 63 para 64. Com essa movimentação, a alocação em crédito agro reduziu ligeiramente de 93% para 92% do patrimônio líquido, elevando a posição de caixa para 8%. O spread médio da carteira apresentou uma leve melhora, passando de CDI + 3,5% para CDI + 3,6% ao ano.
Nos comentários do gestor, foi destacada a percepção de uma menor disponibilidade de crédito no mercado agro, especialmente de bancos públicos. Apesar disso, a gestão informa que a carteira do fundo segue adimplente e que os produtores estão conseguindo realizar o plantio planejado. O acompanhamento dos quatro casos de crédito em reestruturação (Consentini, José Lot, Portal Agro e Copagri), que somam 7,7% do PL, segue sem novas decisões judiciais relevantes.
A gestão também reforçou sua visão de que o desconto de aproximadamente 20% da cota de mercado em relação ao valor patrimonial é exagerado, considerando a diversificação e as garantias da carteira. Foi feito um lembrete sobre a assembleia em andamento, que tem como pauta a possibilidade de o fundo realizar a recompra de suas próprias cotas no mercado.