A principal novidade no relatório de outubro de 2025 do fundo RBR Plus Multiestratégia Real Estate FII (RBRX11) é a efetivação da incorporação dos ativos do fundo RBRF11, um evento que alterou significativamente a escala e a composição da carteira. O patrimônio líquido do RBRX11 saltou de R$ 284 milhões em setembro para mais de R$ 1,4 bilhão em outubro, com o número de cotas crescendo na mesma proporção.
Como resultado direto da incorporação, a alocação do portfólio mudou drasticamente. Enquanto em setembro a carteira era majoritariamente de "Papel" (64%), em outubro ela passou a ser predominantemente de "Tijolo" (63%). A gestão destacou que essa maior exposição inicial em tijolo será alvo de uma estratégia de reciclagem do portfólio. O plano imediato é focar em operações de crédito indexadas ao CDI para elevar o nível de rendimentos recorrentes.
Em linha com essa estratégia, a gestão informou novos investimentos em crédito. Em outubro, foram aportados R$ 5 milhões adicionais no CRI Pernambuco e R$ 900 mil no CRI MOS. A posição no FII HGPO foi completamente zerada. Já para novembro, a gestora comunicou um investimento de R$ 20 milhões no CRI Embraed e a preparação para alocar aproximadamente R$ 140 milhões em um CRI High Grade. Adicionalmente, foi mencionada a negociação avançada para a venda de uma unidade do projeto Kalea Jardins, com expectativa de ganho de capital. A alocação target de longo prazo do fundo prevê uma redução da exposição a Tijolo para 30% e um aumento em Crédito para 45%.
Apesar de todas as mudanças estruturais, a distribuição de rendimentos foi mantida em R$ 0,090 por cota. A gestão reforçou a estimativa de manter este patamar de dividendos até o final de 2025, alinhado com o que foi apresentado no material sobre a consolidação dos fundos. A reserva de lucros do fundo diminuiu de R$ 0,023 por cota em setembro para R$ 0,005 por cota no fechamento de outubro.