A análise do relatório de setembro de 2025 do fundo Kinea Índices de Preços (KNIP11) revela uma continuidade da tendência de queda nos rendimentos, causada diretamente pela baixa inflação dos meses anteriores. O dividendo anunciado para o mês foi de R$ 0,60 por cota, inferior aos R$ 0,70 distribuídos em agosto e aos R$ 0,80 de julho. A gestora justifica essa redução explicando que o resultado do fundo foi impactado por índices de IPCA extraordinariamente baixos em julho (0,26%) e agosto (-0,11%).
O resultado gerado no mês foi de R$ 0,59 por cota, ligeiramente abaixo da distribuição, o que levou a uma pequena utilização das reservas acumuladas. A reserva por cota diminuiu de R$ 0,79 no final de agosto para R$ 0,76 em setembro, indicando o uso desses recursos para complementar o dividendo.
Apesar da queda no rendimento, a gestão se manteve ativa na alocação de capital. Em setembro, o fundo investiu R$ 16,0 milhões em duas novas operações de CRI: uma nova tranche do CRI Galleria, a uma taxa de IPCA + 9,00% a.a., e uma nova operação, o CRI Tenda, a uma taxa mais elevada de IPCA + 9,90% a.a. Essas aquisições contribuíram para um aumento na taxa média de remuneração da carteira marcada a mercado (MTM), que subiu de IPCA + 10,36% a.a. em agosto para IPCA + 10,54% a.a. em setembro.
A estrutura de capital do fundo apresentou um leve aumento em sua alavancagem. A exposição a operações compromissadas reversas, que era de 9,6% do patrimônio líquido em agosto, subiu para 9,9% em setembro, um patamar que a gestora considera adequado. A alocação setorial da carteira de CRIs permaneceu praticamente inalterada, com shoppings (29,3%), escritórios (29,0%) e logística (23,1%) sendo os segmentos de maior peso.