Em outubro de 2025, o fundo Kinea FII (KFOF11) apresentou uma valorização de 0,33% em sua cota patrimonial, superando o IFIX, que registrou alta de 0,12%. A cota de mercado, por sua vez, teve um desempenho mais forte, com alta de 2,66%, o que resultou na diminuição do desconto em relação ao valor patrimonial, passando de -11,62% no final de setembro para -9,68% no final de outubro.
A principal novidade na gestão da carteira foi a alocação de R$ 10 milhões no FII Riza Viseu (RIVA11), um fundo voltado para o setor residencial que atua em projetos do programa Minha Casa Minha Vida. A gestão destacou que este investimento visa um retorno total superior a 20% ao ano. Essa movimentação está em linha com a redução do caixa do fundo, que passou de 3,8% em setembro para 1,8% em outubro, e o aumento da alocação geral em FIIs, que subiu de 91,5% para 93,4%.
A composição da carteira por segmento apresentou uma mudança relevante. A exposição ao setor de Logística aumentou significativamente, passando de 17,5% em setembro para 28,0% em outubro, tornando-se a maior alocação do fundo. Em contrapartida, a categoria de FII de CRI, que representava 28,3% no mês anterior, foi reclassificada ou reduzida, aparecendo agora como "CRI" com 9,6% da carteira.
Em relação aos rendimentos, o KFOF11 manteve a distribuição em R$ 0,80 por cota. No entanto, o resultado gerado no mês de outubro foi de R$ 5,4 milhões, enquanto a distribuição totalizou R$ 5,6 milhões. Isso significa que o fundo distribuiu 103,9% do seu resultado mensal, utilizando parte de suas reservas para complementar o pagamento. Consequentemente, a reserva acumulada por cota diminuiu de R$ 0,76 para R$ 0,73.
Na visão da gestora, o cenário macroeconômico em outubro foi de maior estabilidade, sem grandes eventos que impactassem a curva de juros. A performance dos setores foi mista, com destaque positivo para Renda Urbana, Hotéis e Residencial, e um desempenho negativo expressivo para o segmento de Escritórios, que teve uma queda de 2,37% no mês. A gestão informou que não está tomando decisões de alocação baseadas em otimismo relacionado a uma eventual mudança de governo em 2026, preferindo uma postura mais cautelosa.