A análise do relatório de novembro de 2025 do Kinea Creditas FII (KCRE11) aponta como principal novidade a queda no resultado gerado pelo fundo, que foi de R$ 0,06 por cota. Apesar disso, a gestão optou por manter a distribuição de dividendos em R$ 0,08 por cota, utilizando parte da reserva de lucros acumulada para complementar o valor. Com essa movimentação, o saldo da reserva diminuiu de R$ 0,09 para R$ 0,07 por cota.
A redução no resultado mensal está diretamente ligada à queda na receita com os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), que passou de R$ 3,3 milhões em outubro para R$ 2,5 milhões em novembro. A gestora justifica que o resultado do mês reflete a variação do IPCA de meses anteriores, que impactou negativamente a performance atual. Diferente do relatório de outubro, que anunciava um novo investimento de R$ 19,2 milhões, o relatório de novembro não menciona novas aquisições de ativos para a carteira.
Em relação à estrutura de capital, o fundo apresentou uma pequena redução em sua alavancagem, com a alocação em ativos alvo caindo de 104,9% para 103,3% do patrimônio líquido. A posição de caixa, por sua vez, aumentou de 2,3% para 3,9%. A exposição a operações compromissadas reversas, um instrumento de alavancagem, permaneceu estável em 7,2% do patrimônio, patamar que a gestão considera adequado.
No acompanhamento da carteira de crédito, o relatório indica um leve aumento da inadimplência acima de 90 dias nas operações de Home Equity, que subiu para 3,3% em outubro, ante 3,1% no mês anterior. A gestão continua considerando o nível controlado e reforça que a estrutura de subordinação dos CRIs protege o fundo de eventuais perdas. Outros indicadores, como o valor da cota patrimonial, subiram de R$ 9,38 para R$ 9,51, mas a cota de mercado caiu, aumentando o deságio para 10,62%. A liquidez média diária também apresentou uma redução, passando de R$ 559 mil para R$ 394 mil.