O relatório é referente ao fundo Iridium Recebíveis Imobiliários FII (IRDM11), relativo a julho de 2025.
O fundo distribuiu R$ 0,78 por cota, equivalente a 88,58% do CDI (rendimento bruto de imposto de renda). A gestão manteve uma reserva de R$ 0,72 por cota, apesar de ter optado por uma distribuição quase integral neste mês, justificando que a política de retenção para resultados mais expressivos será mantida no futuro. O resultado do fundo foi impactado negativamente pela correção monetária dos CRIs e pela sazonalidade dos juros recebidos, além de um atraso pontual em um ativo e pelo rendimento de fundos de terceiros.
Um evento de destaque foi a reorganização das carteiras dos fundos IRDM11 e IRIM11, visando unir ambos em um único veículo, com potencial para ampliar escala, liquidez, diversificação e permitir uma reciclagem mais rápida da carteira. O novo fundo terá um mandato mais amplo, incluindo CRIs, outros tipos de dívidas imobiliárias, imóveis, cotas de outros FIIs e ações ligadas ao setor imobiliário. Os cotistas do IRDM11 receberão cotas do IRIM11 e uma parte em dinheiro como amortização.
Houve a aprovação da 13ª emissão de cotas pelo IRDM11, com valor inicial de até R$ 120 milhões. Uma segunda assembleia será convocada para aprovar a oferta no fundo IRIM11, onde o IRDM11 irá subscrever integralmente e fará o aporte através dos seus ativos em carteira. Será então que os cotistas deverão informar os seus respectivos preços médios de aquisição das cotas do IRDM11, para fins de apuração tributária sobre eventual ganho de capital e também para o cálculo do valor da amortização.
No mês, foi realizada a integralização de R$ 6,9 milhões no CRI FGR no mercado primário e a venda de R$ 348 mil do CRI Cemara no mercado secundário, gerando um lucro de R$ 27,6 mil. Foram realizadas operações de compromissadas reversas no volume de R$ 67,5 milhões para rolagem.
A carteira está praticamente alocada, com menos de 2% do PL em caixa.
A distribuição da carteira é composta por CRI (80%), FII (17,06%), Caixa (1,78%), FII-RF (0,96%) e LCI (0,20%). O indexador predominante é o IPCA (70,22%). Os setores com maior representatividade são FII (17,06%), Geração de Energia (14,94%) e Shopping Center (11,46%).
O relatório lista as operações inadimplentes ou reestruturadas, incluindo Alta Vista, Bewiki, BR Distribuidora, Ekko, ForCasa, Gramado Parks, Inlote, Manara, Pesa, Starbucks e Villa Jardim.
A rentabilidade distribuída em julho foi de R$ 0,78 por cota, abaixo dos R$ 0,84 distribuídos em junho.
Em comparação com junho, houve uma leve queda na taxa de ocupação e um aumento na reserva de resultados.
Houve rolagem de operações compromissadas reversas com quitação de R$ 33,7 milhões.
Analisando os relatórios anteriores, percebe-se uma tendência de reciclagem da carteira, com foco em ativos com maior previsibilidade de fluxo de caixa e garantias mais robustas. A gestão também tem buscado reduzir o risco de crédito da carteira. A distribuição por indexador permanece concentrada no IPCA, e a alocação por setor mantém a predominância de FIIs, geração de energia e shoppings. A taxa de administração e gestão permanece constante. A política de retenção de resultados tem sido utilizada para mitigar potenciais impactos de eventos não recorrentes.
A inadimplência de alguns CRIs continua sendo um ponto de atenção, com operações em processo de reestruturação. O fundo permanece praticamente alocado, com baixo percentual de caixa.