A análise do relatório de agosto de 2025 do fundo Itaú Crédito Imobiliário IPCA FII (ICRI11) aponta algumas novidades e mudanças em relação aos meses anteriores. A distribuição de rendimentos teve uma redução, passando de R$ 1,10 por cota em julho para R$ 0,95 por cota em agosto. A gestora justifica essa queda e alerta para os próximos meses, mencionando a expectativa de deflação para agosto, o que deve impactar negativamente os dividendos futuros, já que 54% da carteira de CRIs do fundo é atrelada ao IPCA.
Em relação à carteira, a gestão concluiu o investimento no CRI de Abmais, que havia sido iniciado no mês anterior, atingindo uma posição total de R$ 10 milhões, o que representa 2,57% do patrimônio líquido. A aquisição foi feita a uma taxa de IPCA + 10,95% ao ano, superior à taxa média da carteira do fundo. Além disso, a gestora realizou a venda de um ativo indexado ao CDI, com o objetivo de aumentar a posição de caixa e se preparar para novas alocações que estão em análise. Como resultado, a alocação em CRIs diminuiu de 95,5% em julho para 93,2% em agosto, enquanto a posição de caixa aumentou de 4,5% para 6,8%.
Um ponto de atenção novo neste relatório é o comunicado da gestão sobre um devedor específico que, embora esteja em dia com suas obrigações, passou a demandar um monitoramento mais próximo por apresentar um potencial risco de deterioração de crédito. A gestora ressalta que a operação conta com um pacote de garantias reais.
A cota de mercado do fundo apresentou queda no mês, fechando em R$ 92,27, o que aumentou o deságio em relação à cota patrimonial para -7,78%, ante -5,71% em julho. Por outro lado, o volume médio diário de negociação aumentou de R$ 478 mil em julho para R$ 748 mil em agosto. A carteira segue 100% adimplente.