O fundo imobiliário HSI Malls (HSML11) manteve a distribuição de rendimentos em R$ 0,70 por cota em novembro de 2025, o mesmo valor pago no mês anterior. O guidance de distribuição para o semestre também foi mantido, com a faixa projetada entre R$ 0,70 e R$ 0,82 por cota.
A principal novidade no desempenho operacional do portfólio em outubro (mês de referência do relatório) foi uma desaceleração. O fundo registrou uma leve queda de 0,03% no Resultado Operacional Líquido (NOI) e de 0,2% nas vendas, em comparação com o mesmo período de 2024. Isso representa uma mudança de tendência em relação ao mês anterior (setembro), que havia registrado crescimento de 6% no NOI e 7% nas vendas. A gestora atribuiu essa queda a dois fatores principais: um evento pontual de não recebimento de receita de R$ 440 mil no Shopping Metrô Tucuruvi e um aumento da inadimplência líquida para 4,4%, contra 2,9% no mês anterior. A gestão informou que espera uma recuperação desses valores já em novembro.
No resultado financeiro, um evento importante foi o recebimento da terceira parcela da venda de 25% do Shopping Uberaba. Essa transação gerou um ganho de capital de R$ 5,85 milhões, equivalente a R$ 0,27 por cota. O resultado do mês foi de R$ 0,78 por cota, o que permitiu cobrir a distribuição e ainda acumular R$ 0,08 por cota. Com isso, a reserva de resultados do fundo subiu de R$ 0,52 para R$ 0,60 por cota.
Outro ponto de grande destaque foi o avanço significativo na obra de expansão do Shopping Uberaba. O progresso saltou de 4,4% de conclusão no relatório passado para 28,3% no relatório de novembro. As etapas de fundação e instalação dos sistemas de segurança estão em andamento. A gestora manteve a projeção de retorno sobre o custo (yield on cost) em aproximadamente 21% para o projeto.
A alavancagem líquida do fundo permaneceu estável em 18,7%, e a taxa de ocupação dos shoppings ficou em 96,7%, sem alterações significativas. A visão da gestão sobre o cenário macroeconômico continua otimista, prevendo o início do ciclo de cortes da Selic em março de 2026, com base em uma comunicação mais assertiva do Banco Central.