A análise do relatório de julho de 2025 do fundo Guardian Real Estate (GARE11) mostra avanços significativos nos principais movimentos estratégicos anunciados pela gestora nos meses anteriores. O evento de maior destaque foi a assinatura do Compromisso de Venda e Compra (CCV) para a venda de 10 imóveis de renda urbana, sendo quatro lojas do GPA e seis do Grupo Mateus. Esta transação, avaliada entre R$ 465 milhões e R$ 485 milhões, representa um passo concreto para a redução da alavancagem do fundo em aproximadamente R$ 355 milhões e tem potencial para gerar um lucro bruto entre R$ 135 milhões e R$ 156 milhões.
Outra novidade importante foi a conclusão da 7ª emissão de cotas, que teve liquidação finalizada no início de setembro e captou R$ 400 milhões. Segundo a gestora, os recursos serão utilizados para fortalecer a estrutura de capital e permitir a reposição dos ativos vendidos, mantendo o foco na desalavancagem. O número de cotistas continua em uma clara tendência de alta, alcançando 390,2 mil em julho, um aumento de mais de 11 mil em relação a junho.
Na parte operacional, o mês foi marcado pelo reajuste de aluguel pelo IPCA de 5,47% para um conjunto relevante de ativos, incluindo 9 unidades do Mix Mateus, 15 lojas do Atacadão e a loja do Almanara. Juntos, esses contratos representam 70,6% da receita do fundo, impactando positivamente a geração de caixa. A carteira segue com 39 imóveis e vacância zero.
A distribuição de rendimentos se manteve estável em R$ 0,083 por cota, e a gestora renovou o guidance para o segundo semestre de 2025, projetando dividendos entre R$ 0,083 e R$ 0,090 por cota. O valor patrimonial da cota fechou o mês em R$ 8,99, enquanto a cota a mercado foi de R$ 9,00, resultando em um indicador P/VP de 1,00x, ligeiramente acima dos 0,99x e 0,98x dos meses anteriores.