A principal novidade do FG/AGRO FIAGRO (FGAA11) em novembro de 2025 foi a nova alocação de R$ 40 milhões no Grupo FRT, um produtor de grãos com forte patrimônio em terras. Com este movimento, a alocação total do fundo atingiu 101,3% de seu patrimônio líquido, indicando um leve nível de alavancagem. Segundo a gestora, essa estratégia visa antecipar a realocação de amortizações futuras e otimizar o capital, mantendo a disciplina de risco. A nova operação foi estruturada como uma Cédula de Produtor Rural (CPR) indexada ao dólar, porém com um swap para convertê-la em CDI, buscando previsibilidade no retorno.
Para viabilizar a nova alocação, a gestora reduziu posições em ativos mais líquidos da carteira. Um exemplo notável foi a diminuição da exposição ao CRA da Jalles Machado, que passou de 7,85% para 4,49% do patrimônio líquido do fundo. Essa movimentação está alinhada com a estratégia declarada de usar posições como Jalles e Lins para gestão tática de caixa. O número de devedores na carteira aumentou de 16 para 17 com a adição do Grupo FRT. Em contrapartida ao mês anterior, desta vez não foram realizadas recompras de cotas do fundo. A carteira se manteve 100% adimplente.
A distribuição de rendimentos foi mantida em R$ 0,12 por cota, valor que a gestão estabeleceu como base para o semestre. No entanto, o resultado gerado no mês por cota foi de R$ 0,117, ligeiramente inferior ao valor distribuído. Para complementar o pagamento, o fundo utilizou parte de sua reserva de lucros acumulada, que diminuiu de R$ 3,90 milhões para R$ 3,76 milhões.
Outros indicadores mostram que o número de cotistas continuou a crescer, passando de 50.661 para 51.156. Por outro lado, a liquidez média diária de negociação do fundo no mercado secundário teve uma redução, caindo de R$ 941 mil em outubro para R$ 809 mil em novembro.