Analisando o relatório de setembro de 2025 do Fundo Imobiliário Capitânia Securities II (CPTS11), em comparação com o mês anterior, observamos novidades relevantes na gestão da carteira e nos resultados.
O principal destaque do mês foram as transações envolvendo outros fundos geridos pela Capitânia. O fundo de shoppings CPSH11, do qual o CPTS11 detém 9,7%, concluiu a venda de um pacote de seis ativos, gerando uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 22,52% ao ano. Essa movimentação deve gerar um impacto positivo de aproximadamente R$ 20 milhões no resultado do CPTS11 ao longo dos próximos 24 meses. Além disso, o fundo de renda urbana CPUR11 realizou a aquisição de cinco imóveis locados para as lojas Marisa e C&A, totalizando R$ 141,4 milhões, o que deve impactar a receita futura. Essas movimentações demonstram uma gestão ativa no portfólio de fundos investidos.
A distribuição de rendimentos aumentou de R$ 0,085 por cota em agosto para R$ 0,090 em setembro. O resultado do mês, de R$ 0,093 por cota, foi superior à distribuição, permitindo que o fundo acumulasse R$ 0,003 por cota. O guidance de dividendos para os próximos meses foi mantido na faixa de R$ 0,08 a R$ 0,10 por cota, com uma projeção central de R$ 0,09, indicando que a distribuição atual está alinhada com as expectativas da gestão.
Houve uma mudança na alocação geral da carteira. A exposição a Fundos Imobiliários (FIIs) aumentou de 59,1% para 63,2% dos ativos, enquanto a posição em liquidez (caixa) diminuiu de 5,4% para 0,8%, mostrando que o gestor está utilizando os recursos disponíveis para novos investimentos. A carteira de CRIs se manteve estável, representando 31,7% dos ativos. O gestor reforça que a carteira de crédito é de alta qualidade (high grade) e permanece 100% adimplente.
A alavancagem do fundo, por meio de operações compromissadas, teve uma leve redução, passando de 21,7% para 20,6% do patrimônio líquido. A gestão também informou uma mudança na metodologia de cálculo do impacto dessas operações, que agora considera o retorno de todos os ativos (FIIs e CRIs), tornando a análise mais completa.
O desconto da cota de mercado em relação à cota patrimonial diminuiu. Em agosto, o desconto era de 15,8%, enquanto em setembro fechou em 14,1%, devido à valorização da cota no mercado secundário, que passou de R$ 7,45 para R$ 7,64. O número de cotistas apresentou uma leve queda, de 356.167 para 354.417.