A análise do relatório de julho de 2025 do fundo Fator Verità (VRTA11) aponta para um mês de movimentações focadas na gestão de caixa e alavancagem. A principal novidade foi a venda de R$ 40 milhões do CRI JRM, um ativo que havia sido adquirido no mês anterior, em junho. O fundo também contratou R$ 27 milhões em operações compromissadas reversas, mas o destaque foi o anúncio de um evento subsequente: a quitação antecipada de R$ 79 milhões dessas operações no início de agosto. Essa movimentação reduziu o saldo devedor das compromissadas de R$ 137,4 milhões no final de junho para R$ 88,1 milhões no início de agosto, diminuindo a alavancagem do fundo.
Como consequência dessas movimentações, a posição de caixa aumentou de forma expressiva, passando de R$ 39,4 milhões (2,9% do PL) em junho para R$ 113,5 milhões (8,6% do PL) em julho. Segundo a gestora, esses recursos serão usados para o pagamento de dividendos e novas alocações em CRIs que estão em fase final de análise.
O rendimento distribuído foi mantido em R$ 0,85 por cota, patamar estável desde dezembro de 2024. O resultado gerado pelo fundo em julho foi de R$ 0,90 por cota, uma recuperação importante em relação aos R$ 0,58 por cota gerados em junho. Essa melhora permitiu que o fundo acumulasse R$ 0,05 por cota para a sua reserva, que encerrou o mês em R$ 0,81 por cota, recuperando-se levemente após o uso significativo no mês anterior.
A cota de mercado do fundo apresentou uma queda, fechando julho em R$ 77,23, enquanto a cota patrimonial encerrou o mês em R$ 83,41. Isso fez com que o desconto da cota de mercado em relação ao seu valor patrimonial aumentasse de 3,6% em junho para 8,0% em julho. A gestão atribui essa desvalorização da cota no mercado secundário à expectativa de aumento da taxa de juros, que tem impactado o setor de fundos imobiliários de forma geral.